Vida longa aos móveis antigos

Geralmente, por valor sentimental, muita gente mantém em casa armários, estantes, cadeiras antigas. No entanto, com o passar do tempo, o desgaste da peça, os cupins e os detalhes do modelo levantam o questionamento se vale a pena a restauração. Até 30 anos atrás, o mobiliário era mais resistente e robusto. Eram comuns os móveis serem feitos com madeiras nobres, como Imbuia, Cedro, Louro, Itaúba. Já atualmente, até por questões ambientais, as peças do mobiliário são feitas em MDF melamínico, um material bem mais simples. Exatamente por isso, segundo José Fernando Madeira Duarte, marceneiro e proprietário da V Decora, sempre vale a pena avaliar se o móvel antigo tem como restaurar. Por outro lado, ressalta o especialista, uma boa restauração exige que a peça seja lixada, hidratada e receba cupinicida. “E isso muda um pouco a cor original do móvel. É importante que o cliente fique sabendo de todo o processo”. Depois do móvel entregue, o cliente precisa continuar tendo cuidados. É importante hidratar a madeira de 45 em 45 dias com óleo de Peroba. E, claro, estar atento ao ataque dos cupins. Os meses quentes são os preferenciais para as revoadas destes insetos. Já as peças novas, pelo tipo de acabamento, são mais resistentes aos cupins, porém se o cupinicida não foi colocado na fabricação do móvel, ele está sujeito ao ataque e, pior, o veneno não consegue entranhar na madeira de fora para dentro. Com 12 anos de empresa, o marceneiro que trabalha com a mulher e o filho e que tem Madeira até no nome, faz móveis novos, mas tem um carinho especial pela restauração de mobiliário antigo. “Os móveis antigos têm história e a gente tem que ter muito respeito e cuidado com eles”. V Decora Rua Armando Barbedo, 313 Tristeza Fone: (51) 3061-5760

Leia outros conteúdos sobre a Zona Sul

Voltar pro topo