Na vela ou na pipa

No final da década de 1970, o gaúcho Renato Pozolo adquiriu uma das primeiras pranchas de windglider do País. Mal sabia ele que estaria fazendo história e se tornando o precursor do windsurf gaúcho. Para quem não conhece o assunto, parece difícil. E é, como explica Elias Seadi, campeão brasileiro e sul-americano de windsurf e professor da Raia1, escola fundada por Pozolo no bairro de Ipanema. "No windsurf, o objetivo é planar, através de uma prancha acoplada a uma vela, que pode variar de tamanho entre 3m e 12m". Já no kitesurf, a prancha é presa aos pés e flutua com o auxílio de uma pipa (kite, em inglês), cuja estrutura é semelhante a um paraglider. Neste caso, a pipa não fica presa à prancha, mas é comandada pelo velejador que a controla conforme a direção do vento.


Saltos de até 12m de altura com o kitesurf.
Seadi conta que o kitesurf tem características especiais como maior velocidade (o recorde mundial é de 97km/h), que possibilita saltos mais altos, podendo chegar até 12m de altura. Por outro lado, é um esporte que exige muita técnica e cuidados, "porque no caso de uma queda e de um vento muito forte, a pipa pode te arrastar por dezenas de metros dentro da água". O importante, antes de começar a praticar esse tipo de esporte, é sempre buscar a ajuda de um instrutor. O resto, o vento faz. Segundo Seadi, Porto Alegre é uma cidade de bons velejadores (de wind e kite) porque a direção e a força do vento variam bastante. "No verão, nosso vento é leste e nordeste e, no inverno, sul e sudeste. Isso nos prepara para qualquer tipo de velocidade e direção do vento", explica. Raia 1 Escola de Surf Av. Coronel Marcos, 355 Ipanema Fone: 3268-6140 www.raia1.com.br

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