Mão na roda!

Em alguns países da Europa, como na Holanda e na Inglaterra, o ciclismo é um esporte muito difundido, e a bicicleta é tida como um dos principais meios de transporte. Na China, que fica na Ásia, acontece o mesmo (imagine o colapso se cada chinês quisesse ter um carro). Já no Brasil, muito se fala da bike como uma alternativa de entretenimento e/ou esporte. Porém, poucos sabem que, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, ela é considerada um veículo. Segundo o presidente da Associação dos Ciclistas da Zona Sul (ACZS), Paulo Roberto Alves, o Lagartixa, cerca de quatro mil pessoas pedalam diariamente na Capital. "O índice é baixo, ainda mais comparado a outros países. Mas nós estamos trabalhando em prol dessa causa visando a sustentabilidade." A ACZS busca conscientizar os ciclistas, motoristas e comunidade em geral de que a bicicleta é uma nova tendência de locomoção 100% ecológica. A intenção é incentivar a prática como forma de melhorar a qualidade de vida e promover a cidadania. Para isso, a entidade organiza passeios turísticos, noturnos, ecológicos (acredite, eles recolheram uma tonelada de lixo da cidade) e prepara atletas para competições por meio de treinos específicos. Além disso, integrantes da ACZS ministram palestras sobre o tema para crianças nas escolas e até para agentes de trânsito da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). A Associação também presta consultoria na escolha da bike e do equipamento certo para o estilo e tipo físico de cada pessoa. Aliás, equipamento adequado é fundamental para a segurança. Os adeptos devem usar sempre capacetes e luvas, além de andar com materiais de emergência mecânica, como câmera, bomba e chaves de roda. Os motoristas de automóveis também devem fazer a sua parte. "Os condutores devem ter cuidado na hora de ultrapassar e lembrar que devem manter um espaço de 1,5 metros da bicicleta. Já o ciclista deve transitar devagar por calçadas, parques e praças, respeitar os sinais de transito e, principalmente, o pedestre", ressalta Lagartixa. Quanto ao local mais apropriado para a prática, ele aponta a Zona Sul como o paraíso dos ciclistas. Com a inauguração de um trecho de 1,5 quilômetros, em novembro de 2008, a região passou a ter três quilômetros de ciclovia, a maior de Porto Alegre. Essas são algumas dicas que, sem dúvida, irão colaborar para o fomento desse meio de transporte. Deixe seu carro na garagem e vá de bike! Afinal, a bicicleta faz bem para a saúde, para o meio ambiente e para o bolso. Você sabe a diferença? Ciclovia: um trecho isolado, não compartilhado com os automóveis, que funciona na orla de Ipanema desde 1993 e que foi ampliado recentemente. Ciclo-faixa: fica junto das ruas e avenidas e é pintada no chão, como o Caminho dos Parques, criado em Porto Alegre em 2001. Ciclo-rota: não tem separação física dos carros, nem faixa pintada no chão, apenas identifica as vias de uso regular por ciclistas. Uma identificação que legitima a necessidade de cuidado e atenção às regras de trânsito tanto da parte do motorista quanto do ciclista. Associação dos Ciclistas da Zona Sul Rua Santa Vitória, 228 - Tristeza Telefone: (51) 3024 7413

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