Jockey Club: na corrida pela retomada

Nem todo mundo sabe, mas o Jockey Club do Rio Grande do Sul continua em atividade. Fundado em 1907, com o nome de Associação Protetora do Turf, realizava suas corridas no Parque Moinhos de Vento. Em 1959, inaugurou sua nova sede no bairro Cristal, já batizado com o nome atual. Seus pavilhões estão tombados pela Prefeitura Municipal como patrimônio histórico e cultural da cidade. Passada a época de ouro do Turfe, o Hipódromo do Cristal tem, hoje, no desenvolvimento da Zona Sul a oportunidade para tornar novamente as corridas de cavalo um esporte popular em Porto Alegre. O advogado José Vecchio Filho, eleito há pouco menos de um ano presidente do JCRGS, aposta na explosão imobiliária da região como a grande chance para dar início a tão sonhada retomada. "Atualmente, o Jockey clube oferece os mesmos atrativos que ofereceu em toda a sua história: corridas de cavalo e apostas legais. A diferença é que hoje estamos muito bem localizados, somos vizinhos de um dos maiores e mais modernos shoppings do Brasil e temos fácil acesso de carro ou de transporte público por uma excelente avenida à beira do Guaíba". A cidade já esgotou seu limite de crescimento para a Zona Norte e, agora, Porto Alegre tende a crescer para o sul. Novas avenidas, condomínios, prédios comerciais e shoppings já foram construídos e mais melhorias, em razão da Copa do Mundo e das revitalizações do Cais Mauá e do Estaleiro Só, estão por vir. O Jockey gaúcho está em meio a tudo isso. Também está previsto o início das obras de construção de um grande centro comercial no entorno do hipódromo. O JCRGS recebe a principal prova do Turfe gaúcho: O Grande Prêmio Bento Gonçalves, disputado desde 1909. Realizado no mês de novembro, é a prova máxima para cavalos da raça Puro Sangue Inglês de corrida. A segunda disputa mais importante do hipódromo é o Grande Prêmio Protetora do Turfe. Ambos recebem, em média, de três a cinco mil pessoas nos dias dos eventos. Durante o resto do ano, as corridas são realizadas todas as quintas à noite e são transmitidas para todo o país pela televisão. As apostas podem ser feitas no local ou através de agências espalhadas pela cidade. "A teoria de que o Turfe é um esporte elitista está errada. Temos quatro mil títulos patrimoniais de associados, nossos pavilhões atendem a distintos públicos e as apostas podem ser feitas a partir de um real", defende Vecchio. O presidente Vecchio, que para o próximo GP Bento Gonçalves organiza um baile de chapéus e outras atividades para resgatar o glamour das corridas, conclama a comunidade a ajudar. "É preciso que as pessoas adotem o Jockey. Ele é um lugar aprazível, de boa vizinhança e de contato com a natureza. Além do mais, oferece um jogo legal, barato e de grande probabilidade de acerto", finaliza. Jockey Club do Rio Grande do Sul Av. Diário de Noticias s/n - Cristal (51) 3249.1966 www.jockeyrs.com.br

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