Da Tristeza para o Brasil

É do Bairro Tristeza que saem mensalmente 15 mil litros de cerveja que são distribuídos no Rio Grande do Sul e em outros estados do País, especialmente no eixo Rio-São Paulo. Por trás da Schmitt, marca que vem conquistando paladares sofisticados Brasil afora, está o engenheiro químico Gustavo Dal Ri. Apaixonado confesso (e precoce) pela arte cervejeira desde que descobriu, aos 14 anos, que uma vizinha de origem alemã tinha uma receita exclusiva, ele transformou a paixão em negócio em 2001. Nesse ano, inaugurou em sociedade com a mulher, Tatiana, a microcervejaria Schmitt (sobrenome dela), que atualmente ocupa uma parte da casa dos pais de Dal Ri. Morador da Tristeza, ele conta que a opção por abrir a microcervejaria na região está ligada ao alto astral e à qualidade de vida. "Eu venho para cá de bicicleta em 15 minutos", exemplifica. Antes de se aventurar em um empreendimento próprio, ele trabalhou por dez anos em uma multinacional de cerveja e fez especializações nos Estados Unidos, considerado o berço da microcervejaria moderna. Embora a maior parte do mercado brasileiro seja dominado pelas cervejas de baixa fermentação do tipo pilsen (a renomada "loira gelada"), Dal Ri viu no segmento de alta fermentação, cujas cervejas são mais encorpadas e aromáticas, a oportunidade de oferecer um produto diferenciado. "As de alta fermentação têm aromas e sabores muito mais ricos do que as de baixa fermentação", explica. A partir dessa concepção nasceram as três linhas da marca (Ale, Barley Wine e La Brunette) que disputam consumidores com similares nacionais e importadas. E os apreciadores se perguntam, afinal, qual é o segredo da Schmitt? Dal Ri, é claro, não revela, mas lista alguns dos diferenciais do produto: matérias-primas de altíssima qualidade somadas a uma segunda etapa de fermentação no processo de fabricação, o que, segundo ele, melhora o sabor e contribui para aumentar o tempo de validade. "As cervejas que mais ganham prêmios no mundo são feitas por meio desse processo".


La Brunette: sabor de malte e cor escura caracterizam essa cerveja.
Para os moradores da Zona Sul, uma boa notícia: a Schmitt pode ser encontrada em alguns estabelecimentos locais (veja relação abaixo) e também comprada por meio da lojinha virtual do site da microcervejaria. Segundo Dal Ri, é uma das metas para o futuro é criar um espaço para degustação por meio da expansão da estrutura atual ou mesmo da transferência para um outro terreno. Nesse caso, a opção pela Zona Sul novamente falaria mais alto, já que a mudança seria para o Belém Velho ou para a Vila Nova. Além de não deixar para trás o charme da região, nesses bairros a microcervejaria poderia se utilizar, em caso de necessidade, da água de poços artesianos que são abundantes na região. Onde degustar Schmitt na Zona Sul: Armazém Machry Bistrô - Rua Doutor Armando Barbedo, 257 - Tristeza - (51)3024.1300 La Sereníssima - Rua Doutor Dias de Carvalho, 485 - Tristeza - (51) 3268.6572 Mercearia&Cia - Rua Coronel Massot, 86 - Cristal - (51) 3222.7280 Sushi Tokai - Avenida Guaíba, 1380 - Ipanema - (51) 3242.3944 Cervejaria Schmitt Atendimento ao consumidor: (51) 3268.5752/ (51) 9808.7360 www.schmittbier.com.br

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